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Foto: Eduardo Ramos (Diário)
Etiqueta com o novo valor já foi colocada nos ônibus de Santa Maria
O reajuste tarifário do transporte coletivo em Santa Maria passou a valer nesta quinta-feira. A medida foi criticada pelos usuários, que também pedem melhorias no serviço.
Pela manhã, duas filas com cerca de 100 pessoas se formaram em frente à Associação dos Transportadores Urbanos (ATU). Com a proximidade do retorno presencial das aulas na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), a maior procura foi de estudantes que buscam renovar a meia-passagem ou recarregar o cartão. Estudantes pagam a meia-passagem de R$ 2,10 (e não R$ 2,50) até 29 de abril.
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Um deles foi João Lombardo, de 20 anos.
- Quando cheguei, a fila não tinha sido dividida. Não deixaram explícito que a outra fila não era para renovação. Então fui na outra fila, esperei e só depois me disseram que era a fila errada - disse.
A tarifa, após um aumento de R$ 0,80, passou a custar R$ 5. O acréscimo foi decretado pelo prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) na segunda-feira. Já os usuários de vale-transporte e Cartão Cidadão pagam uma tarifa menor, que é de R$ 4,85. O valor aos domingos segue diferenciado para todos os usuários: R$ 4. O transporte seletivo (azuizinhos) teve a tarifa reajustada para R$ 6,50.
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Foto: Eduardo Ramos (Diário)
Fila na ATU por volta de 9h
A nova tarifa gerou reclamações dos usuários. Na manhã desta quinta, os ônibus já circulavam com a nova etiqueta que indica o valor de R$ 5.
- É vergonhoso. Eles já ganham demais e estão desempregando pais de família. Não sei como o prefeito autoriza isso - disse Elvio Robert Beck, 64 anos, aposentado, que aguardava por um ônibus da linha Prado no Paradão da Rio Branco.
Beck fez referência ao corte no número de cobradores. O decreto estabelece que apenas 25% das linhas contem com o profissional. Nos demais, a tarefa da cobrança é acumulada pelos motoristas.
- Não acho justo a retirada dos cobradores. Mas o aumento da tarifa é compreensível, por causa do aumento do diesel - analisou o psicólogo Mickael da Silva, 27 anos, que costuma usar a linha Campestre.
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O doutorando em Bioquímica Mateus Fracasso, de 26 anos, cobra mais horários nas linhas Universidade. Com o retorno presencial da UFSM a partir da próxima segunda-feira, a expectativa é que a demanda pelo transporte cresça.
- O aumento não é justo. Estudante depende de várias outras coisas e agora temos que pagar praticamente R$ 1 a mais por dia. E a linha para a UFSM está ruim. Se eu perder um ônibus, só tem outro daqui a meia hora - disse o estudante, que aguardava pelo transporte na parada em frente à Catedral.
Um ponto positivo foi amplamente destacado pelos usuários idosos. A partir do novo decreto, a gratuidade foi restaurada para o dia inteiro. Até quarta-feira, idosos precisavam pagar a tarifa em horários de pico, como medida para evitar a circulação do grupo de risco nessas faixas de horário. A medida havia sido instituída durante o começo pandemia. É o caso de Maria da Graça, de 68 anos, que sai do trabalho na UFSM por volta de 19h. Com o retorno da gratuidade, ela vai poder economizar.
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- Mas tinha que colocar mais ônibus. Tenho dificuldade em alguns horários, principalmente na volta da universidade - afirma.
USO DE MÁSCARA
O uso de máscara não é mais obrigatório em Santa Maria em ambientes fechados e abertos. Mas o último decreto, divulgado na terça-feira, traz o transporte coletivo como exceção. Ou seja, é obrigatório o uso do equipamento dentro dos ônibus. E, nessa manhã, a medida era seguida no Paradão da Rio Branco. A maior parte das pessoas que aguardavam pelo coletivo na parada faziam o uso da máscara.